Uma nova conquista do governo Lula reforça o avanço do Brasil rumo a um cenário de pleno emprego: a taxa de desocupação no trimestre encerrado em setembro recuou para 6,4%. Divulgado nesta quinta-feira (31) pelo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, o índice é o menor para o período na série histórica, iniciada em 2012. É também o segundo menor entre todos os trimestres analisados até hoje, ficando apenas 0,1 ponto percentual acima dos 6,3% registrados no final de 2013.
O resultado reforça a recuperação do mercado de trabalho brasileiro, que já vinha dando sinais de aquecimento nos trimestres anteriores. O número absoluto de desempregados é de 7 milhões, menor valor desde 2015.
Já a taxa de ocupação — que mede a proporção da população ocupada em relação à economicamente ativa — subiu para 58,4%, um recorde para trimestres encerrados em setembro. Contudo, a informalidade ainda segue elevada, com 38,8% da força de trabalho, o que representa 40 milhões de pessoas sem carteira assinada.
Avanço em todas as áreas
O resultado reflete sem dúvida uma enorme evolução no setor, especialmente após o tenebroso período entre 2016 (marcado pelo golpe de Estado contra Dilma Rousseff) e 2022 (fim da desastrosa gestão Bolsonaro), quando as taxas de desemprego explodiram e as condições de trabalho se deterioraram profundamente.
A renda média real praticamente manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, variando de R$ 3.240 para R$ 3.227, mas cresceu 3,7% em comparação ao mesmo período de 2023. A massa de rendimentos atingiu R$ 327,7 bilhões, com um crescimento anual de 7,2%, indicando uma elevação na capacidade de consumo das famílias, o que também aquece a economia.
O número de desalentados, aqueles que desistiram de buscar colocação, caiu para 3,1 milhões — o menor índice desde 2016. Vale também destacar a queda na taxa de subutilização, que reúne pessoas subempregadas, desocupadas ou desalentadas, agora em 15,7%, a menor para o trimestre desde 2014. Ainda assim, esses dados indicam que há uma parcela significativa da força de trabalho que enfrenta dificuldades para se reintegrar plenamente ao mercado.
Duas boas notícias em dois dias
Nas redes sociais, o governo celebrou o segundo anúncio positivo no mercado de trabalho em apenas dois dias. Na quarta-feira (30), anunciou a criação de quase 250 mil vagas formais em setembro; hoje, compartilhou os resultados da PNAD contínua.
O presidente Lula comemorou mais esses bons resultados no mercado de trabalho. “Desemprego em 6,4%, o menor índice desde 2013. Em setembro de 2024, foram gerados 247 mil novos empregos, um aumento de 21% em relação ao ano passado. Com trabalho e diálogo, estamos construindo juntos um país melhor, com mais oportunidades”, afirmou, na rede social X.
nterferências especulativas
É claro que o mercado e os especuladores já se uniram em coro para transformar a boa notícia em fato negativo, em uma incansável sabotagem ao país. Às vésperas de mais uma reunião do Copom, que decidirá o valor da Selic, a grande imprensa utilizou os dados da PNAD para justificar um possível aumento na taxa de juros.
Segundo os malabarismos retóricos desses agentes, um mercado de trabalho aquecido pode aumentar a inflação, pois incrementa o consumo. Dessa forma, só restaria ao Banco Central subir a Selic, dificultando empréstimos e crédito e tirando dinheiro de circulação, em nome do controle inflacionário.
No entanto, a verdade é que taxas de juros altas retiram recursos que poderiam ir para programas sociais e para o desenvolvimento do país, mas acabam nos bolsos dos mesmos privilegiados de sempre.
Crescimento com inclusão social
Essa melhora contínua nos índices de emprego reforça o esforço do presidente Lula em alinhar o crescimento econômico a uma inclusão social verdadeira e sustentável. Ciente dos desafios, o governo continua a apostar em políticas que promovam a dignidade e a estabilidade de trabalhadoras e trabalhadores, consolidando um Brasil que avança de maneira sólida em direção à prosperidade.